A execução de um UPDATE no banco de dados envolve duas categorias de informações. A primeira delas é uma lista de colunas a atualizar no servidor, na segunda parte de importância é a indicação de quais linhas serão envolvidas na atualização (a WHERE).

Com base na especificação OData para RESTful, o METHOD PUT indica que o cliente deseja fazer uma atualização da tabela. As colunas a serem atualizadas devem ser enviadas no BODY da mensagem ao servidor RESTful. O servidor MVCBrServer esta preparado para receber uma linha simples de colunas/valores, bem como um ARRAY com um conjunto de linhas.

Possibilidades  de formato do BODY para atualizar a(s) linha(s):

  1. Uma linha simples:
      { "id" : "1" ,  "nome":"DESCRICAO TESTE" }
  2. Um ARRAY com uma lista de linhas:
      
          [  { "id": "1",  "nome": "DESCRICAO 1"},
             { "id": "2",  "nome": "DESCRICAO 2"},....
          ] 
    

Se o BODY indica os valores das colunas a serem atualizadas no servidor, próximo passo é tratar a seleção das linhas que iram receber atualização já que em geral queremos atualizar uma linha ou um conjunto delas e raramente desejamos atualizar todas as linhas.
Preferencialmente a definição da WHERE deve ser indicada como parâmetro para o RESOURCE (a tabela ou coleção):

     http://localhost:8080/OData/OData.svc/produtos(id='1')  -> aplica atualiza sobre a linha com ID = "1"
     
     caso o RESOURCE requeira mais de uma coluna - pode-se separa-las por vírgulas

     http://localhost:8080/OData/OData.svc/produtos(id='1',outra='x')  -> aplica atualiza sobre a linha com ID = "1"  AND outra="x"

Caso a coluna não seja indicada, o MVCBrServer irá utilizar a chave indicada no metadata (modelo de dados).

Quando o BODY indica uma lista de linhas em um ARRAY – não é possível indicar a chave nos parâmetros já que cada linha possui uma chave diferente (WHERE). Neste caso o servidor irá utilizar o seu “keyID” do metadata e aplicar o valor de cada linha na WHERE para escolher as linhas que irão receber atualização ou seja, as linhas enviadas no ARRAY devem conter as colunas correspondente a chave do RESOURCE.

Ao caso cabe uma questão – A especificação OData indica que no comando PUT, todas as colunas devem ser enviadas para o servidor. A implementação no MVCBrServer não possui esta exigência – é possível enviar somente as colunas da chave e as colunas a serem atualizadas, ignorando as colunas que não foram enviadas na lista. Nos casos que for necessário enviar um NULL para uma coluna, este desejo deve constar na linha enviada… Ex: {…., “colunaxxx”: NULL, … }

Introdução ao OData | INSERT | DELETE |

O texto anterior mostrei um exemplo de como enviar um INSERT para o servidor usando o METHOD POST padrão RESTful utilizado no MVCBrServer.

Agora vamos olhar como enviar comando DELETE (METHOD DELETE) para o servidor e excluir um linha na tabela.

Há duas possibilidade para excluir registros de uma tabela na estrutura do servidor MVCBrServer. A primeira é enviar uma única linha diretamente pela URI ao servidor indicando o RESOURCE e como parâmetro o identificador padrão da linha – em geral ligado a chave primária:

  • http://localhost:8080/OData/OData.svc/grupos(’08’) – com METHOD DELETE, exclui a(s) linha(s) com chave ’08’ – neste formato o servidor irá utilizar como chave para encontrar a linha a excluir o “keyID” da tabela indicado no metadata – Um cuidado a observar é que neste formato pode ocorrer do metadata se referir a mais de uma linha e neste caso o servidor irá excluir todas as linhas que contenham a mesma informação – exemplo: se for o documento da venda e o RESOURCE for os itens irá excluir todos os itens da venda que contenham o mesmo documento;
  • http://localhost:8080/OData/OData.svc/grupos(grupo=’08’) – neste modelo o servidor irá utilizar a coluna indicada para selecionar as linhas a serem escolhidas o que permite melhor controle pelo “Coder”. Caso seja necessário mais de uma coluna, basta separar por vírgula ex:  …/ItemDaVenda(dcto=’00001′,ordem=1);

Outro formato é o envio no “BODY” com um ARRAY contendo uma lista de linhas a serem excluídas:

  http://localhost:8080/OData/OData.svc/ItemDaVenda

        no BODY enviar o JSONArray:
           [ { "dcto":"00001", "ordem":1},
             { "dcto":"00002", "ordem":1}
              ....
           ]

Introdução ao OData | Fazendo INSERT

Trabalhar com RECORD é mais fácil administrar memória quando comparado com classes.

Como cada variável RECORD ocupa um endereço diferente com os dados e controla a sua retirada da memória com mais facilidade, prefiro usar RECORD para fazer CACHE de dados.

Por outro lado, temos vários acessos ao banco de dados que possuem parâmetros que estão nestes RECORD (alguém lembrará um CRUD). Uma solução é utilizar RTTI para ler os valores dos parâmetros que estão armazenados no RECORD e passar os valores para os parâmetros (TParams).

[code lang=”pascal”]
function TALQuery.FillParams<T>(rec: T): TALQuery;
var
LList: TJsonValuesList; // unit System.uJson
LPair:TJsonPair;
i:integer;
prm:TParamBase;
begin
result := self;
LList := TJsonValuesList.Create(); // unit System.uJson
try
TJsonValue.GetRecordList<T>(LList, rec); // carrega os valores do RECORD em um LIST
for I := 0 to params.count-1 do
begin
prm:= params[i];
LPair := LList.names[ prm.Name ];
if assigned(LPair) then
case prm.DataType of
ftSmallint,ftInteger:
prm.AsInteger := LPair.JsonValue.GetValue<integer>;
ftFloat:
prm.AsFloat := LPair.JsonValue.GetValue<double>;
ftCurrency:
prm.AsCurrency := LPair.JsonValue.GetValue<Currency>;
ftDateTime,ftDate,ftTime :
prm.asDateTime := LPair.JsonValue.getValue<TDateTime>;
else
prm.Value := LPair.JsonValue.getValue<string>;
end;
end;
finally
LList.free;
end;
end;

/* aplicando */

Type
TPedidoRecord = record

pedido:integer;
filial:integer;
data:TDatetime;
end;

var qry: TMinhaQuery;
rec : TPedidoRecord;
begin
….
qry.fillParams<TPedidoRecord>(rec);

end;
[/code]

 

Dependência: System.uJson

 

Como é de conhecimento da comunidade o FireDac não tem suporte completo ao Firebird3, já que o lançamento do FB3 veio depois do lançamento do Berlin.

Quando se trabalha com Package (novidade no FB3) não é possível escolher na IDE qual o procedimento a executar no componente TFDStoredProc.
Uma forma de fazer isto é escrevendo um editor (delphi way) para auxiliar a propriedade StoredProcName…

[code lang=”pascal”]

unit Data.fireStoredProcEditor;

interface

uses
SysUtils, Classes, DesignIntf, DesignEditors, DB;

type
TFireStoredProcNames = class(TStringProperty)
private
procedure GetValues(Proc: TGetStrProc); override;

public
function GetAttributes: TPropertyAttributes; override;
end;

procedure Register;

implementation

uses FireDAC.Comp.Client, FireDAC.Phys.Intf;

procedure Register;
begin
RegisterPropertyEditor(TypeInfo(string), TFDCustomStoredProc,
‘StoredProcName’, TFireStoredProcNames);
end;

{ TFireStoredProcNames }

function TFireStoredProcNames.GetAttributes: TPropertyAttributes;
begin
result := [paValueList];
end;

procedure TFireStoredProcNames.GetValues(Proc: TGetStrProc);
var
DB: TFDCustomStoredProc;
qry: TFDQuery;
eh3:boolean;
oMetaIntf: IFDPhysConnectionMetadata;
function iff(b:boolean;t,f:string):string;
begin
if b then result := t else result := f;
end;
begin
if (GetComponent(0).InheritsFrom(TFDCustomStoredProc)) then
begin
DB := TFDCustomStoredProc(GetComponent(0));
if assigned(DB.Connection) then
begin
if (DB.Connection.DriverName = ‘FB’) then
begin
oMetaIntf := DB.Connection.ConnectionMetaDataIntf;
eh3 := oMetaIntf.ServerVersion.ToString[1]=’3′;
qry := TFDQuery.create(nil);
try
qry.Connection := DB.Connection;
qry.SQL.Text := ‘select rdb$procedure_name sName from rdb$procedures ‘;
if eh3 then
qry.SQL.Text := qry.SQL.Text+ iff(db.PackageName<>”, ‘ where rdb$package_name = ‘ + QuotedStr(DB.PackageName.ToUpper),’ where rdb$package_name is null ‘);
qry.Open;
with qry do
while eof = false do
begin
Proc(fieldByName(‘sName’).asString);
next;
end;
finally
qry.Free;
end;
end
else
inherited;
end;
end
else
inherited;

end;

end.

[/code]

Exemplo de uma package no FB3: DateUtils Package

Criando um Packege no Delphi para a Integração
Para integrar o novo editor é necessário criar um novo projeto Package no Delphi e incluir o código do editor.
[code]
// exemplo do projeto do Package (mínimo)
package FireEditores;
{$R *.res}
requires
DesignIDE;
contains
Data.fireStoredProcEditor in ‘Data.fireStoredProcEditor.pas’;
end.

[/code]

Sim…. replicação para firebird… não tem ? tem sim… só trabalhar um pouco – nem tudo é como visão de brigadeiro..

A replicação consistem manter DUAS ou mais tabelas com conteúdo iguais – de tal forma que se obtém o mesmo resultado em qualquer uma das duas bases de dados.

Existe dois lados na replicação – um que tem os dados que precisam ser levados para o outro (publisher-aquele que publica) – o outro que recebe os dados publicados pelo servidor (subscriptor-aquele que se candidata a receber os dados). Por último a combinação de ambos em um só – ele é tanto publisher como subscriptor da mesma tabela;


Fase do desenvolvimento

  1. Preparar o Publisher para publicar dados para replicação (banco de origem);
  2. Preparar o Subscriptor para receber os dados publicados (banco de destino);
  3. Codificar os componente que monitoram as alterações do Publisher;
  4. Codificar a transferências dos dados da origem para o destino;

 

A título ilustrativo, vou adotar a tabela de PEDIDOs como base

Considere a seguinte tabela:

[code lang=”SQL”]

create table PEDIDOS (dcto varchar(10),
data Date,
cliente integer,
total numeric(15,4));

[/code]


Preparando o banco de origem em firebird

Como base para a replicação, vou criar uma coluna nova na tabela de pedidos na origem para indicar a chave de referência para a replicação – para fugir dos tipos auto-incrementos (já escrevi como fazer isto aqui no blog) vou usar uma coluna para identificar a chave de replicação que receberá uma representação texto para um GUID

alter table PEDIDOS add GID varchar(38);

[OFF] antes que alguém questione… não dá para usar auto-incremento em razão de atender a pré-condição de que o dado dever ser o mesmo nos dois banco de dados (traduzindo – não podem ser diferentes)

A coluna GID vai receber um valor por “trigger” toda vez que for incluída na tabela

[code lang=”SQL”]
SET TERM ^ ;
ALTER TRIGGER REPL_PEDIDOS_GID ACTIVE
BEFORE INSERT OR UPDATE POSITION 0
AS
begin
/* Trigger Utilizado para Replicacao */
if ((new.gid is null)) then
new.gid = UUID_TO_CHAR( gen_uuid() );
end^
SET TERM ; ^
[/code]

[OFF] como se nota inclui na trigger o UPDATE – fiz isto para pegar linhas antigas que ainda não foram replicadas em nenhum processo anterior – caso ocorre uma replicação parcial;

Até aqui já temos a marcação de chave na tabela de origem para localizar as linhas que serão publicadas para replicação. Agora vamos criar uma tabela de controle de publicação das replicações

[code lang=”SQL”]
CREATE TABLE REPL_ITENS
(
TABELA Varchar(128), // recebe o nome da tabela alvo
GID Varchar(38), // recebe o GID da tabela alvo
TIPO Char(1), // I-insert U-update D-delete
DATA Date, // data e hora da alteração
ID integer, // sequencial interna
SESSION_ID integer // sessão da transação que criou – um luxo
);
CREATE INDEX REPL_ITENSDATA ON REPL_ITENS (DATA);
CREATE INDEX REPL_ITENSGID ON REPL_ITENS (GID);
CREATE INDEX REPL_ITENSID ON REPL_ITENS (ID);
CREATE INDEX REPL_ITENSTABELA ON REPL_ITENS (TABELA);
GRANT DELETE, INSERT, REFERENCES, SELECT, UPDATE
ON REPL_ITENS TO SYSDBA WITH GRANT OPTION;
[/code]

Vamos precisar de um GENERATOR para popular a coluna ID da tabela e uma trigger para popular com o valor do GENERATOR. ver também

[code lang=”SQL”]
CREATE GENERATOR REPL_ITENS_GEN_ID;
SET TERM ^ ;
CREATE TRIGGER REPL_ITENS_ID FOR REPL_ITENS ACTIVE
BEFORE INSERT POSITION 0
AS
begin /* Replicacao Storeware */
new.id = gen_id(REPL_ITENS_GEN_ID,1);
new.session_id = rdb$get_context(‘SYSTEM’,’SESSION_ID’);
new.data = cast(‘now’ as date);
end^
SET TERM ; ^
[/code]

[OFF] para este caso não usei o GUID – vamos precisar garantir uma sequência na tabela que seja em ordem crescente – isto vai facilitar a codificação a frente.

 

Para fechar, vamos ensinar a tabela PEDIDOS como publicar as suas alterações:

[code lang=”SQL”]
SET TERM ^ ;
CREATE TRIGGER REPL_PEDIDOS_REG FOR PEDIDOS ACTIVE
AFTER INSERT OR UPDATE OR DELETE POSITION 0
AS
begin
/* Replicacao Storeware */
in autonomous transaction do
begin
if (inserting) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,new.gid,’I’);
if (updating) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,new.gid,’U’);
if (deleting) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,old.gid,’D’);
end
end
^
SET TERM ;
[/code]


 

Preparando o banco de dados de destino

No banco de dados destino temos a mesma tabela de pedidos (o ideal que possua a mesma estrutura).

Considerando que durante a replicação dos dados ocorrerão momentos em que haverá UPDATEs e DELETEs para fazer – será necessário ter uma chave correspondente para a alteração do registro. Esta chave não pode ser controlado localmente pelo banco, ela precisa ser uma chave que tanto o banco de origem como o banco de destino sejam cooperativos. A este requisito a chave GID que recebe um GUID atente perfeitamente.

alter table PEDIDOS add GID varchar(38);

A “trigger” para gerenciar a coluna GID segue o mesmo comportamento do banco de origem.

[code lang=”SQL”]
SET TERM ^ ;
ALTER TRIGGER REPL_PEDIDOS_GID ACTIVE
BEFORE INSERT OR UPDATE POSITION 0
AS
begin
/* Trigger Utilizado para Replicacao */
if ((new.gid is null)) then
new.gid = UUID_TO_CHAR( gen_uuid() );
end^
SET TERM ; ^
[/code]

[OFF] Note que a trigger checa se o GID é null – isto é importante pois quem vai gerar a chave para o GID é o banco que criou o registro (onde ele nasceu) e durante toda a sua vida precisa receber o mesmo valor nos dois banco de dados.

Agora já temos tudo que precisamos no banco de dados para controlar o que será replicado. Passemos a construir os códigos que vão fazer a replicação em si.


Codificando o select para monitorar as alterações na Origem

O select na origem, ou no publisher, será feito considerando que queremos somente as linhas alteradas para serem transferidas para o banco de destino.

Para isto precisamos fazer controle de quais linhas foram e quais linhas ainda não foram para o destino. Para isto foi que usei um GENERATOR para a tabela de controle   REPL_ITEMS->id

Uma vez executado a replicação precisamos guardar qual foi o ultimo ID utilizado para ser utilizado na próxima chamada:

[code lang=”SQL”]
select a.*, b.tipo repl_tipo from PEDIDOS a, REPL_ITEMS b
where a.gid = b.gid and b.id>:id
order by b.id
[/code]

Para tabelas com muitas linhas, pode ser interessante usar um derivação incluindo o número de linhas a sincronizar a cada chamada:

[code lang=”SQL”]
select first 1000 a.*, b.tipo repl_tipo from PEDIDOS a, REPL_ITEMS b
where a.gid = b.gid and b.id>:id
order by b.id
[/code]


Codificando a transferência dos dados para o destino

Chegou o momento de enviar o dados da Origem para o Destino….
Dependendo da coluna REPL_TIPO que vem do Select na Origem:
I – Faz um INSERT na tabela de destino;
U – Faz um UPDATE;
D – Faz um DELETE;

Esteja preparado para tratar algumas exceções:

  • quando for fazer um UPDATE e o registro ainda não se encontra no destino, precisando fazer o INSERT para iniciar o registro;
  • quando for fazer DELETE de uma registro que não existe;
  • fazer INSERT de registro que já tem chave primária idêntica no destino;
  • se esta inciando a sincronização de uma tabela que já existe, sinalizar a tabela de eventos com os dados já existentes;

 


 

 

Projeto no Git

 

 

 

Este artigo foi revisão – acesse o link aqui

Sim…. replicação para firebird… não tem ? tem sim… só trabalhar um pouco – nem tudo é como visão de brigadeiro..

A replicação consistem manter DUAS ou mais tabelas com conteúdo iguais – de tal forma que se obtém o mesmo resultado em qualquer uma das duas bases de dados.

Existe dois lados na replicação – um que tem os dados que precisam ser levados para o outro (publisher-aquele que publica) – o outro que recebe os dados publicados pelo servidor (subscriptor-aquele que se candidata a receber os dados). Por último a combinação de ambos em um só – ele é tanto publisher como subscriptor da mesma tabela;


Fase do desenvolvimento

  1. Preparar o Publisher para publicar dados para replicação (banco de origem);
  2. Preparar o Subscriptor para receber os dados publicados (banco de destino);
  3. Codificar os componente que monitoram as alterações do Publisher;
  4. Codificar a transferências dos dados da origem para o destino;

 

A título ilustrativo, vou adotar a tabela de PEDIDOs como base

Considere a seguinte tabela:

[code lang=”SQL”]

create table &nbsp;PEDIDOS &nbsp;(dcto varchar(10),
data Date,
cliente integer,
total numeric(15,4));

[/code]


Preparando o banco de origem em firebird

Como base para a replicação, vou criar uma coluna nova na tabela de pedidos na origem para indicar a chave de referência para a replicação – para fugir dos tipos auto-incrementos (já escrevi como fazer isto aqui no blog) vou usar uma coluna para identificar a chave de replicação que receberá uma representação texto para um GUID

alter table PEDIDOS add GID varchar(38);

[OFF] antes que alguém questione… não dá para usar auto-incremento em razão de atender a pré-condição de que o dado dever ser o mesmo nos dois banco de dados (traduzindo – não podem ser diferentes)

A coluna GID  vai receber um valor por “trigger”  toda vez que for incluída na tabela

[code lang=”SQL”]
SET TERM ^ ;
ALTER TRIGGER REPL_PEDIDOS_GID ACTIVE
BEFORE INSERT OR UPDATE POSITION 0
AS
begin
/* Trigger Utilizado para Replicacao */
if ((new.gid is null)) then
new.gid = UUID_TO_CHAR( gen_uuid() );
end^
SET TERM ; ^
[/code]

[OFF] como se nota inclui na trigger o UPDATE – fiz isto para pegar linhas antigas que ainda não foram replicadas em nenhum processo anterior – caso ocorre uma replicação parcial;

Até aqui já temos a marcação de chave na tabela de origem para localizar as linhas que serão publicadas para replicação. Agora vamos criar uma tabela de controle de publicação das replicações

[code lang=”SQL”]
CREATE TABLE REPL_ITENS
(
TABELA Varchar(128), // recebe o nome da tabela alvo
GID Varchar(38), // recebe o GID da tabela alvo
TIPO Char(1), // I-insert U-update D-delete
DATA Date, // data e hora da alteração
ID integer, // sequencial interna
SESSION_ID&nbsp;integer // sessão da transação que criou – um luxo
);
CREATE INDEX REPL_ITENSDATA ON REPL_ITENS (DATA);
CREATE INDEX REPL_ITENSGID ON REPL_ITENS (GID);
CREATE INDEX REPL_ITENSID ON REPL_ITENS (ID);
CREATE INDEX REPL_ITENSTABELA ON REPL_ITENS (TABELA);
GRANT DELETE, INSERT, REFERENCES, SELECT, UPDATE
ON REPL_ITENS TO SYSDBA WITH GRANT OPTION;
[/code]

Vamos precisar de um GENERATOR para popular a coluna ID da tabela e uma trigger para popular com o valor do GENERATOR. ver também

[code lang=”SQL”]
CREATE GENERATOR REPL_ITENS_GEN_ID;
SET TERM ^ ;
CREATE TRIGGER REPL_ITENS_ID FOR REPL_ITENS ACTIVE
BEFORE INSERT POSITION 0
AS
begin /* Replicacao Storeware */
new.id = gen_id(REPL_ITENS_GEN_ID,1);
new.session_id = rdb$get_context(‘SYSTEM’,’SESSION_ID’);
new.data = cast(‘now’ as date);
end^
SET TERM ; ^
[/code]

[OFF] para este caso não usei o GUID – vamos precisar garantir uma sequência na tabela que seja em ordem crescente – isto vai facilitar a codificação a frente.

 

Para fechar, vamos ensinar a tabela PEDIDOS como publicar as suas alterações:

[code lang=”SQL”]
SET TERM ^ ;
CREATE TRIGGER REPL_PEDIDOS_REG FOR PEDIDOS ACTIVE
AFTER INSERT OR UPDATE OR DELETE POSITION 0
AS
begin
/* Replicacao Storeware */
in autonomous transaction do
begin
if (inserting) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,new.gid,’I’);
if (updating) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,new.gid,’U’);
if (deleting) then
insert into repl_itens ( tabela,gid,tipo)
values(‘PEDIDOS’,old.gid,’D’);
end
end
^
SET TERM ;
[/code]

Parte 2


Algumas vezes já me declarei com pouca disposição em escrever uma infinidade de linhas de código para fazer coisas simples.
Depois de ver outros artigos tratando sobre a geração de chave de relacionamento em “Master x Detail” e ver códigos de colegas montando engenhocas para obter a chave gerada pelo banco de dados (auto incremento), vou arriscar por pimenta nesta conversa.

Contexto: É fato que é muito comum gerar colunas de auto incremento no banco de dados para criar o relacionamento entre tabelas. Dependendo do banco de dados isto é efetuado por tipagem da coluna direto na tabela como auto incremento (ex: mysql) ou em outros casos se usa triggers para gerar a sequência (ex: Firebird); Num ou outra situação ocorre a mesma coisa, o identificador é gerado pelo servidor sem conhecimento do aplicativo.
Neste contexto é possível obter a chave gerada diretamente na mesma instrução de INSERT como ocorre no Firebird ou ainda, através de recurso da API de acesso ao banco como existe no FIREDAC.

Como fazer com comando direto no Firebird

No FireDAC há a possibilidade de escrever diretamente por comandos para a API do FireDAC e instruí-lo a retornar através de “preprocessing”:

[code]
insert into fb_pedido
(codigo,qtde)
value( :codigo, :qtde)
returning id_pedido {into :id_pedido}
[/code]

Documentação Embarcadero

Proposta para simplificar:
Já há algum tempo que as linguagens incluem um gerador de identificador único para múltiplos propósito – falando de GUID – que gera uma sequência única por máquina a cada chamada (ligado ao relógio).
Então a idéia é criar na tabela pedido uma coluna que recebe a nova chave única que servirá para o relacionamento do pedido (Master & Detail):
Firebird:

[code]
// GID – coluna para receber o GUID (texto)
alter table tb_pedido add GID varchar(38) not null;
[/code]

usando o delphi, gerar localmente o GID e incluí-lo no insert.

[code]
var gid:string;

gid := GuidToString( TGuid.NewGuid ); //(SysUtils) chave de relacionamento do pedido

insert into tb_pedido
( gid, codigo, qtde)
values( :gid, :codigo, :qtde)

[/code]

Uma vez gerado a chave GID (GUID ID), os itens passam a receber a mesma informação para indicar o relacionamento entre as tabelas… ou seja, não precisamos daqueles “auto incrementos” que as vezes traz uma lista de códigos associados.

 

Excluir uma chave primária quando se tem uma ferramenta visual a frente não é uma operação complicada de se fazer no Firebird.
O problema mesmo… é quando precisamos fazer isto por um script…
O Firebird usa um mapeamento de nomes para a chave primária que cria – diferente do nome do índice e passa a fazer parte da lista de “constraints” da tabela.
Para excluir uma “constraint” é necessário descobrir o seu nome e aplicar a “DROP” da constrait. A seguir código para um procedimento que procura o nome da “constraint” e executa o “DROP” da mesma.

Como usar: Execute Procedure RDB$DELETE_PRIMARYKEY(‘produtos’);

[code]

SET TERM ^;

CREATE OR ALTER PROCEDURE RDB$DELETE_PRIMARYKEY (
tabela varchar(128))
as
declare variable nome varchar(128);
declare variable d varchar(128);
declare variable stm varchar(1024);
begin

— localiza o nome da constraint
select rdb$constraint_name from rdb$relation_constraints
where rdb$relation_name= UPPER(:tabela)
AND rdb$constraint_type=’PRIMARY KEY’
into :nome;

— monta o comando
stm = ‘ALTER TABLE ‘||:tabela||’ DROP CONSTRAINT ‘|| coalesce(:nome,’INDEF’);

if (:nome is not null) then
begin
execute statement stm;
end else
exception erro ‘Nao encontrei a chave primaria para apagar’;

suspend;
end^

SET TERM ; ^

[/code]

RDB$DB_KEY é uma coluna existente em todas as tabelas do banco de dados, mas que encontra-se escondida visível somente se for indicada literalmente no SELECT.

A coluna recebe um número sequencial de linhas na tabela e pode ser utilizada para fazer UPDATE para as linhas. Como um coluna nativa do FIREBIRD, que representa o endereço da linha, não requer índice individualizado para ela, já otimizada internamente ao banco de dados.

O RDB$DB_KEY é alterado toda vez que faz  BACKUP/RESTORE, então não é possível utiliza-lo para fazer relacionamento com outras tabelas, já que não é fixo ao longo do tempo.

O uso do RDB$DB_KEY é mais rápido seu uso se comparado a chave primária, já que internamente o índice aponta o endereço do registro para o RDB$DB_KEY.

É particularmente útil quando existem linhas repetidas em uma tabela que não possui chave primária por indicar a única diferença entre as linhas (repetidas).

 

Pesquisar: RDB$DB_KEY

Fonte: Firebird FAQ

How to delete duplicate records (when table doesn’t have a primary key column)?

 

You can use the ‘secret’ RDB$DB_KEY feature of Firebird. RDB$DB_KEY is a ‘hidden’ record that identifies rows in each SQL statement. For example, if you have a table TABLE1 without primary key and have columns COL1 and COL2 which are the same, you can delete the extra rows with the following statement:

DELETE FROM TABLE1 t1
WHERE EXISTS (
SELECT 1 FROM TABLE1 t2
WHERE t1.COL1 = t2.COL1 and t1.COL2 = t2.COL2
AND t1.RDB$DB_KEY < t2.RDB$DB_KEY
);

You can control whether the record is considered duplicate by including the relevant table columns in the WHERE clause (in most cases, you will want to include all columns).

The above code assumes that columns are NOT NULL or you want to treat rows with NULLs as different. If you want to remove duplicate rows that include NULLs in same columns, you can use the following code:

DELETE FROM TABLE1 t1
WHERE EXISTS (
SELECT 1 FROM TABLE1 t2
WHERE t1.COL1 IS NOT DISTINCT FROM t2.COL1
AND t1.COL2 IS NOT DISTINCT FROM t2.COL2
AND t1.RDB$DB_KEY < t2.RDB$DB_KEY
);

The IS NOT DISTINCT FROM operator is available since Firebird 2.0.

Considerando isoladamente a extração de dados OVER é uma o mais interessante recurso incluído ao Firebird.

Há uma possibilidade grande de combinações onde OVER se aplica – não vamos conseguir cobrir tudo somente neste POST, então vamos nos concentrar a um texto já tratando neste blog em relação a versão 2.5, que é apresentação de RANK, ou seja, mostrar a posição que se encontra o dado dentro da lista..

Ex: Qual a posição do vendedor XXX no RANK de vendas;

A implementação segue um padrão de estrutura tratado como “analytical functions”, ou seja, funções analíticas ou de análise de dados.

A ideia é usar um SELECT para separar uma janela de dados em paralelo do mesmo dado e montar um relacionamento dos dados do SELECT com os dados da JANELA para efetuar algum cálculo… no caso, calcular o RANK.
Tomando o exemplo da documentação emprestado

[code language=”sql”]select id, salary,
dense_rank() over (order by salary),
rank() over (order by salary),
row_number() over (order by salary),
sum(1) over (order by salary)
from employee
order by salary;

The result set:
id salary dense_rank rank row_number sum
— —— ———- —- ———- —
3 8.00 1 1 1 1
4 9.00 2 2 2 2
1 10.00 3 3 3 4
5 10.00 3 3 4 4
2 12.00 4 5 5 5

[/code]

Fazendo uma leitura do exemplo, em primeiro passo o engine monta o SELECT – quando encontra o comando OVER, ele separa uma janela em paralelo com os dados do mesmo SELECT (agora tem 1 cópia do mesmo dado do SELECT)… o que vem depois do OVER (….) é a forma em que o dado será organizado – no exemplo ORDER BY Salary; Sobre a janela de dados aplica a função indicada – o RANK();

Pegando carona no exemplo:

Há uma diferença entre RANK() e DENSE_RANK(),  em relação a forma de sequencia montada quando existe repetição do dado… enquanto RANK() continua a contagem quando encontra repetições, no DENSE_RANK() o número é mantido e segue a mesma sequencia do número anterior.

ROW_NUMBER() é uma contagem simples de linhas sem diferenciar dados repetidos como faz o RANK();